Localizada no vale do Lico a cidade de Laodiceia era conhecida pela sua "indústria têxtil" que produzia uma lã preta, pela sua medicina que desenvolveu um colírio para tratamento de doenças oftalmológicas e pelos bancos que vendia ouro puro, moeda corrente da época. Tamanha era a notoriedade do poder econômico daquela cidade que após ser destruída por um terremoto dispensou a ajuda do império romano para ser reconstruída. Tal capacidade fez com que os laodicenses se tornassem orgulhosos e indiferentes a situação alheia. Este mesmo sentimento reinava entre os cristãos de Laodiceia. Todavia o orgulho cedeu lugar para vergonha e a realidade às metáforas, por isso lemos: " [...] e nem sabes que tu és infeliz, sim miserável, pobre, cego e nu." (Ap 3.17). Laodiceia não era nada do que pensava, era uma igreja miserável, que havia "enriquecido com ouro sem valor" (v.18).
A igreja de Laodiceia foi advertida enfaticamente (como símbolo de intensidade o SENHOR a chama e bate em sua porta - v. 20), pois ela está sendo acusada diante do tribunal. No texto o julgamento é representado pelas vestes. Uma vez que os acusados compareciam ao tribunal vestidos de preto, se condenados tinham as suas roupas rasgadas, se absorvidos trocavam as vestes pretas por uma branca (v.18). Pode-se afirmar que os cristãos laodicenses estavam vivendo na escuridão, já que eram espiritualmente cegos (v.18 b). O conselho para eles e para todos que por ventura estejam em situação semelhante a daqueles cristãos é "arrepende-te" (v.19). Arrependimento indica mudança de vida, arrependimento seria um giro de 180, o que nos leva a pensar no caminho oposto ao percorrido até o momento do arrependimento.
A cada dia deveríamos nos perguntar se temos que nos arrepender de alguma coisa, pois corremos o sério risco de nos tornarmos cristãos indiferentes, enganando a si mesmos e sendo rejeitados por DEUS (v.15,16).
Nenhum comentário:
Postar um comentário