sexta-feira, 9 de março de 2012

FUI ENGANADO!

O psicólogo e terapeuta de casais e família, Carlos “Catito”, afirma que todo relacionamento é dinâmico e passa por um processo de desenvolvimento. O dinamismo de um casamento pode ser comparado ao processo de crescimento de um organismo vivo, que passa por várias etapas – infância, adolescência, juventude e maturidade. A passagem de uma etapa a outra neste processo é sempre um período de desorganização e reorganização, pois se abre mão do que se domina para adentrar em um campo de que não se tem nenhum domínio – a etapa seguinte.

O relacionamento conjugal possui sete etapas, a primeira delas é chamada de romantismo. Ela se inicia quando duas pessoas se conhecem e se apaixonam. As marcas do romantismo são sonhos ou ilusões, que na prática se traduzem em promessas irrealizáveis tais como: “Eu te darei o céu, meu bem, e o meu amor também!”. Mesmo sendo irrealizáveis, os apaixonados dão crédito a elas. Acreditam que jamais terão desentendimento ou, se os tiverem, tudo será facilmente superado pela paixão. Também há uma idealização do outro e de suas virtudes, chegando-se a “inventar” certos aspectos da personalidade dele que não existem. E não há argumentação com quem está apaixonado.

Esta idealização tem, no fundo, uma motivação egoísta, pois afinal “eu” mereço o melhor e quanto mais eu destacar as virtudes da pessoa que escolhi – ainda que algumas delas não existam – mais estarei valorizando a mim mesmo neste processo de escolha.

Como a idealização é mútua, desenvolve-se entre o casal o que chamamos de uma relação simbiótica, ou seja, quanto mais um enaltece o outro, mais o outro retribui com enaltecimentos.

Nossa sociedade supervaloriza o romantismo e, por isso, muitas pessoas acreditam que no momento em que ele não estiver mais presente não valerá mais apena permanecer juntos. Entendem que “acabou o amor”, quando na realidade o que acabou foi a paixão estruturada sobre o romantismo de sonhos e ilusões. Apenas o primeiro passo foi dado no caminho da descoberta do verdadeiro amor, pois este “jamais acaba” (1Co 13.8).

Um comentário:

Hítalla Fernandes disse...

Excelente texto pr.
Parabéns!!